O casamento de João Gabriel e Alanis em Embu-Guaçu, São Paulo
Ao ar livre Primavera Vinho 8 fornecedores
J&A
02 Dez, 2023A crônica do seu casamento
Nós definitivamente não somos o tipo de casal que sonhou com uma festa tradicional de casamento. O tema casamento sempre perpassou nossas conversas, desde 2015, quando nos conhecemos, eu com meus 17 anos e ele com 21, mas isso sempre pareceu distante. Ensaiamos o planejamento de uma festa lá em 2019, mas quando vimos quanto isso poderia nos custar - financeiramente e emocionalmente - decidimos adiar esse plano. A conversa voltou a acontecer em dezembro do ano passado, há 1 ano.
Decidimos voltar a pesquisar possíveis locais e fornecedores. Em fevereiro encontramos o lugar perfeito e tivemos a certeza de que nosso dia estava próximo. Decidimos fechar para o mesmo ano, não tenho paciência de planejar eventos com muita antecedência, então dezembro foi o mês escolhido para termos um pouco mais de tempo.
Me surpreendi com a forma que reagi a escolha dos fornecedores: eu estava tranquila. Confiei nas pessoas que escolhi e deu certo. Desde a assessoria até o vestido da promoção, tudo se encaixou perfeitamente. Agora chegamos ao grande dia.
Continuar lendo »Eu estava ansiosa, claro. Escolhemos um local em meio a natureza, ou seja, é afastado de São Paulo, então a chegada dos convidados me preocupava. Eu odeio atrasos e o que mais temia era perder tempo de festa. Eu decidi que iria ao local no dia anterior e várias pessoas da família optaram pelo mesmo. Nesse dia aconteceu um acidente em uma das estradas e minha mãe levou 7h para chegar ao local. Um trajeto de 2h30 foi feito em 7h. Ali eu comecei a ficar preocupada. Como seria no dia seguinte com os convidados?Fazia um calor de 35°C. Eu pedi tanto para que não chovesse e o universo atendeu com maestria o meu pedido. Maquiagem e cabelo prontos e eu aguardando o momento de colocar o vestido. Os convidados estavam atrasados. Me vesti, tirei fotos próximo ao lago, alguns insetos entraram na renda do vestido e eu só pensando no quanto eu gostaria que as pessoas chegassem logo.
A cerimônia começou com 40 minutos de atraso, porém foi tão rápida que pouco atrasamos o início da festa. E foi do jeitinho que eu imaginava: o sol nos iluminando, a marcha nupcial - que para quem começou o texto dizendo que não imaginava um casamento tradicional é um pouco estranho, né? eu optei pela marcha nupcial quando vi um vídeo da banda que escolhemos tocando-a na sanfona, me apaixonei, as músicas que escolhemos, nossos convidados, nossa família, meu pai como cerimonialista, meu irmão de pajem e as avós como as grandes guias da cerimônia. O cardápio foi todo vegano, pois sou vegana e para mim não fazia sentido não poder comer tudo o que ofereceria no meu casamento e nem pagar por uma alimentação que não acredito. E todos elogiaram super o cardápio, desde a comida até os docinhos e o bolo. Oferecemos também chopp artesanal em uma kombi com torneiras e dois deles foram feitos pelo noivo. Todos adoraram! Setorizamos as mesas por grupos e cada setor tinha o nome de uma viagem marcante que fizemos e para sinalizar as mesas utilizamos fotos polaroids dessas viagens. Deixamos também uma cartinha em cada mesa, agradecendo àquele grupo de convidados. O que me deixou muito feliz ao ouvir os feedbacks foi exatamente isso: esse casamento tem vocês em cada detalhe. Por isso quando digo que não gostaríamos de um casamento tradicional é justamente isso: não tivemos padrinhos, pois nossa lista de convidados especialmente de amigos foi super enxuta e todos ali eram muito importantes; nosso cerimonialista foi meu pai, pois não conseguia imaginar alguém que não nos conhece falando sobre nós; a vestimenta foi super livre para deixar todos confortáveis para se vestirem como gostam; a decoração foi simples, já que o lugar já é maravilhoso, então não precisava de muito; a música: brasileira, dançante e alegre; os fotógrafos: especializados em fotos espontâneas; as crianças ganharam sacolinhas personalizadas com itens para se divertirem na festa. Não teve gravata, buquê para jogar, foto instantânea, robô que dança, escola de samba, lanche da madrugada, chinelo ou alguma dessas outras coisas que vemos por aí nos casamentos e que são divertidas, mas definitivamente não tem a ver comigo e com o João. Não teve ostentação, não teve vestido de R$ 10.000, não teve lustre de cristal, arranjo de mesa de 2 metros. Mas teve muita conexão, amor, natureza, música boa, comida gostosa e pessoas divertidas.
Definitivamente foi o melhor dia das nossas vidas até agora e posso dizer: valeu a pena cada centavo. E para aquelas que como eu tinham muitas dúvidas se realmente valeria a pena colocar "tanto" dinheiro em um dia só acredite: você não precisa de tudo aquilo que dizem que você precisa para ter um casamento inesquecível, o dia de vocês precisa refletir vocês! Esqueça aquele check-list de coisas obrigatórias, faça o que faz sentido para vocês. Coloque a mão na massa, seja criativo e trate com leveza, afinal é para ser um dia divertido e não estressante. Invista o quanto você pode e sonhe com o que realmente importa: a presença e a celebração. Você não precisa do vestido mais caro, dos doces mais bonitos, da melhor banda. Você precisa de pessoas que amem vocês genuinamente pra esse dia ser perfeito.
Meu casamento semi tradicional foi inesquecível para mim e para meus convidados por que refletiu a Alanis e o João Gabriel e tudo que a gente acredita. Vale a pena!
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