O casamento de Hudson e Amanda em Brasília, Distrito Federal

Logo as dificuldades começaram a aparecer, casar não é barato, e meu pai na primeira conversa disse que não tinha nenhuma condição de me ajudar, do outro lado os pais dele também não tinham condições de ajudar na casa.

Parecia um tapa na cara, mas ai meu esposo na época não esmoreceu e falou pra mim que íamos conseguir sozinhos. Com esse ânimo fomos alugar a chácara onde casamos. Fechamos pra dois dias em 2mil reais, no calor da emoção.

Um mês depois meu amor foi dispensado do exército e eu fiquei sozinha com os compromissos do casamento, parecia uma louca querendo cancelar tudo e ele me falando que Deus ia nos ajudar. Na outra semana meu sogro conseguiu uma pessoa pra me assessorar de graça, e lá fomos nós conversar com essa moça, lá ela me falou que como eu tinha alugado uma chácara não era bom eu casar em novembro a não ser que eu tivesse condições de colocar tendas, pois era um mês que pode chover, gente tive que mudar de data, mas não adiamos, fizemos foi adiantar o casamento pra setembro.

Sem nem um real no bolso jogamos a cara e ficamos firme na ideia de casar em setembro (9/9) algumas meninas acompanharam meus dramas de noivo demitido, casar sem ter nada, só cama e guarda-roupa levados de casa, mas seguimos firme, pela força de Deus, pelo amor um pelo outro e pelas palavras positivas aqui da comunidade.

Chegou a reta final, muitas coisas pagas e quitadas, muita ajuda das madrinhas e padrinhos, amigos e família.

Tive uns estresses nas duas últimas semanas, minha melhor amiga desistiu de ser madrinha e de me maquiar, entre outras coisinhas.

Mas aí chegou o dia 09/09/2017 e foi o dia mais mágico que já vivi até hoje.

Eu acordei em êxtase, não conseguiria nem explicar pra vocês, eu simplesmente me sentia em um sonho maravilhoso, sabe?

Fui pro salão que nem uma doida, fiz penteado e unha com a minha mãe, depois minha madrinha me levou pra chácara, quando cheguei lá desmoronei ao ver tudo muito lindo, eu tava sem ar, sem chão, sem condição de pensar, em como tudo era tão perfeito. Fui maquiada e começou o making off, e eu como? No mundo de Nárnia, a ficha não caia de que tinha chegado a hora.

Estava pronta, montada, vestida, maquiada e no carro indo pro local da cerimônia. Um tempo atrás abri um debate falando que a noiva não vê as entradas né. Gente eu vi todas as entradas hahaha, fiquei no carro do ladinho vendo tudo, segurando o choro.

Na hora de entrar meu pai estava quase chorando e eu muito nervosa, mas minha reação foi rir muito e não chorar, eu fiz palhaçada nos votos, fiz palhaçada na entrada, chorei na hora que fui cantar pra ele, porque antes de eu começar ele já tava chorando.

A cerimônia foi um círculo de amor, meus pais celebraram, e até os cinegrafistas estavam chorando rs.

Muito lindo, daria tudo pra reviver de corpo presente mais umas 5 vezes esse momento, sabe tipo replay da vida real.

Seria possível? Como não é vou ver na filmagem e tenho certeza que vou chorar mais.

Minha recepção foi mais simples, sem pista de dança, então só fizemos fotos com todos na mesa do bolo e depois fizemos o brinde, uma produção romântica e logo joguei o buquê. Eu joguei um buquê de madrinha pra solteiras e depois dei meu buquê natural pra minha única madrinha solteira, e isso deu o que falar viu! Mas ela amou, e a iniciativa foi do meu esposo.

Enfim, casaria de novo mais vezes, a festa é incrível, as sensações, os sentimentos, a alegria, os olhares, me senti uma princesa de conto de fada na vida real.

Me senti realizada.