O casamento de Bruno e Tuany em Antônio Carlos, Santa Catarina
Rústicos Primavera Amarelo
B&T
18 Set, 2020A crônica do seu casamento
Nossa história de casamento teria tudo para ser mais uma linda história de amor, como as que vemos tantas vezes. Eu, particularmente, amo ver casamentos, especialmente quando sei que o casal está decidido a assumir o que o casamento realmente significa.
Sempre acreditei que nossa história de casamento seria como a desses belos casamentos que testemunhei, mas, Deus nos quis dar uma oportunidade de termos uma determinada decisão pelo que o matrimônio realmente é.
Nessa história não há grandes reviravoltas como em novelas mexicanas. Não se engane, caro leitor. Essa é uma história simples, de um casal comum, mas que diante de um sonho foi convidado a ir além.
No dia 22 de junho de 2019, após um tempo de oração e espera, meu então namorado Bruno organizou uma pequena surpresa com nossos familiares e me pediu em casamento. Foi um dia maravilhoso, cheio de significado.
A partir desse dia, passamos a fazer contato com nossos possíveis fornecedores. Vou deixar todos indicados aqui no post, mesmo que não tenham perfil aqui no site. Muitas idas e vindas, planejamentos, horas debruçados sobre a tabela de orçamentos e oração.
Continuar lendo »Sim, oração. Nossa caminhada na fé é antiga e, apesar dos caminhos tortuosos, nunca nos faltou a confiança de que, por detrás de tudo o que organizávamos para nosso grande dia, o centro de tudo era Deus. Teríamos uma oportunidade para experimentar isso com maior profundidade.
Nosso casamento estava planejado para acontecer no dia 25 de abril de 2020. Tudo corria bem. No início de janeiro, tínhamos todos os nossos fornecedores contratados e contávamos cada minuto.
À época, a notícia de uma epidemia na China parecia algo distante de nós. Mas é claro, como o mundo inteiro já sabe, isso iria mudar em breve.
Em março, alugamos nosso apartamento e já começamos a planejar onde cada móvel ficaria. Não nos contínhamos de felicidade.
No dia 18 de março, porém, tudo o que vínhamos sonhando desde muito antes de nosso noivado, precisou de uma pausa. A pandemia era uma realidade, e eventos estavam proibidos.
Faltava mais de um mês para nosso casamento. Logo, na minha inexperiência, pensei que tudo se resolveria a tempo. Mas não foi isso que aconteceu, como sabem.
Dia após dia, os fornecedores, muito gentilmente, começaram a fazer contato perguntando se tínhamos decidido algo. Não sabíamos o que fazer.
Cancelamos? Se sim, adiamos para quando?
Tudo era muito angustiante. Por que aquilo estava acontecendo justo conosco? Frente às vidas que se perdiam diante da doença, esse pensamento me parecia muito egoísta.
Bruno e eu sentamos e por muitas vezes conversamos. Por fim, decidimos adiar para o dia 18 de setembro do mesmo ano. Em nossa esperança, as coisas mudariam até o novo dia.
Adiar e comunicar os convidados foi um grande dor. Mas tudo foi oferecido a Deus. Sabíamos que, ao fim e ao cabo, nosso mal era o menor de todos diante do mal vivido no mundo.
Os meses se passaram, e a angústia que sentimos em março voltava a crescer conforme setembro se aproximava.
A pandemia não passava. Não diminuía. Não parecia querer nos deixar tão cedo.
Cerca de um mês antes da data que tínhamos agendado nosso casamento, nos demos conta: ou adiamos para daqui, no mínimo, um ano, ou cancelamos nossa festa e mantemos a data, já que celebrações religiosas estavam já permitidas.
Nenhuma das opções nos deixava satisfeitos. Se adiássemos, teria que prolongar por mais um ano nossa espera. Sabíamos que aquilo, para nós, seria muito devastador. Se cancelássemos a festa, perderíamos todo esforço, perderíamos um sonho alimentado por anos.
Foi então que, diante de alguns testemunhos, pedi a Deus fortemente que nos iluminasse na decisão.
Uma amiga próxima nos enviou o testemunho de um casal que tinha casado e cancelado a festa. O título do testemunho era "Deus como convidado principal". Seu testemunho me deu uma luz para aceitar aquele caminho.
Alguns dias depois de ter partilhado a ideia com meu noivo, ele aceitou.
Estava feito.
Naquele momento, refleti: o que sempre foi o necessário para nós? Deus. Ele sempre foi o centro. Ao escolhermos não viver a festa, perderíamos aquela parte do sonho, mas a parte que realmente importava continuaria lá.
Ligamos para nossos fornecedores e um a um fizemos o replanejamento. Infelizmente, cancelamos alguns deles. Também estes estarão indicados aqui, porque são profissionais excelentes.
Além disso, precisamos reduzir o número de convidados na Igreja, além de transformarmos nossa festa em um jantar para pais e padrinhos somente.
No dia do casamento, sentámo-nos muito felizes. Sinceramente, não nos faltou nada.
É claro que a festa é algo maravilhoso, mas não poder fazê-la abriu nossos olhos para nosso verdadeiro sonho: nos unirmos sob a bênção de Deus.
Transmitimos a cerimônia para os que não puderam estar e fizemos nosso jantar em um espaço reservado de um restaurante.
No final daquele dia, nosso coração estava repleto de paz e contentamento. Repito: não nos faltou nada.
Sei que muitos casais adiaram seus casamentos para que possam realizar sua tão sonhada festa. Eu não os julgo, sei exatamente pelo que passaram e respeito profundamente suas decisões. Eu gostaria somente de deixar uma mensagem para estes que adiaram e para os casais que virão no futuro: meus queridos, nenhuma festa pode substituir a festa que há nas almas de vocês ao se unirem. Realizem seus sonhos, mas não deixem que o brilho das luzes ofusque o que realmente é mais precioso. Tenham em mente que dentro de alguns anos, ou até meses, a linda festa será uma bela memória, mas não é ela que vai sustentar a união e o amor de vocês.
Unum est necessarium!
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