O casamento de Acácio e Clarissa em Goiânia, Goiás

Já disse que a gente queria economizar, né? A Ana Paula decorou a nave e o altar e, os arranjos de centro de mesa, nós mesmas fizemos (mãe cunhada, madrinha e eu) e contratamos cozinheira e alguns garçons, não um buffet. E adivinha o cardápio? Macarrão! Ai, minha mãe queria morrer, mas no final aderiu à ideia. Na verdade, se não fossem meus pais, ainda que singelo, minha festa de casamento não teria sido nem metade do que foi (impagável, tanto amor e carinho!) Mas sabem o que? Deus coloca no caminho da gente pessoas que vão nos abençoar e nós nem sabemos! Só percebemos depois. O grupo musical deu literalmente ‘tom’ à cerimônia e foi um show à parte.

Mas, vamos retomar. No dia, eu estava ansiosa mas não nervosa. Estava tão convicta de que eu estava fazendo exatamente o melhor que, no meu coração, só existia gratidão. A senhora que me penteou e maquiou foi até minha casa e lá arrumou também minha mãe e minha cunhada (tudo pra economizar, certo?).

Então, vamos lá, ‘check list’: Penteado? Nem de longe parecia com o que eu queria! Maquiagem? Também não. Estava no peso que queria? Vixi, não, não, não, mil vezes! Cheguei muito (muito mesmo) atrasada por causa da maquiagem e cabelo, fiquei tão nervosa na hora de cantar que troquei a letra da música (eu e meu noivo cantamos juntos). Ah, e choveu quando eu ainda estava em casa e eu, nessa hora sim, desesperei, chorei (a cerimônia seria ao ar livre). Fui fazer uma oração com minha mãe, pedindo para que Deus abençoasse aquela noite. Sim, noite. Era prá ser uma cerimônia ao por do sol mas e daí, né?

Meses depois (na verdade, acho que um ano depois) fiquei sabendo que não foi servido o café, no final, para os convidados, porque não tinham levado o pó (risos). Ah, e no dvd da festa está tocando ‘Kuduro’ enquanto cortamos o bolo! Gente, isso é inesquecível!

O momento mágico: a minha entrada ao doce som da voz do meu amado, cantando para mim. Ainda hoje, quando me lembro, me arrepio e o coração acelera!

Bom, agora me perguntem se eu saí satisfeita e realizada da festa? Totalmente! Uns amigos da família (Damião e Elizabeth, são uma dupla, cantam mais música sertaneja) animaram a festa com sanfona e tudo, muito forró, e músicas dos anos 60! A festa foi tão animada e eu pude sentir a alegria de todos que estavam ali. Crianças e os titios (sim, que já tinham mais de 70 anos!) na pista, dançando, interagindo, se divertindo. Isso é o que eu carrego em meu coração.

Talvez você não se identifique com a minha história porque você ainda não se casou. Mas, se você vai se casar, tenho algo importante a dizer: não seja tão perfeccionista e detalhista. Deixe se levar pela emoção e curta as pessoas queridas que lá estarão com você. Afinal é um momento (talvez o único) em que tantas pessoas queridas estarão reunidas de uma só vez. Não se estresse porque faltou o suco de uva (pêssego é tão bom!) ou porque alguns convidados, em vez de enviarem o presente para o endereço requisitado, resolveram levar para a festa, entulhando o hall de entrada. Não se desespere se o dj não te atender totalmente no seu gosto musical ou se quando for entrar no salão de festas acabem tocando uma música que não foi aquela combinada. Também não se preocupe se não tem grana para servir cuscuz marroquino aromatizado com ervas tropicais da patagônia (dose extra de humor!). Galinhada e tutu aquecem a alma, se todos se sentirem acolhidos e bem recebidos. Isso, no meu casamento, não faltou. E a realidade superou a expectativa do planejamento porque o envolvimento emocional era tão maior que qualquer adversidade. Esteja de coração aberto, feliz, e permita que todo esse amor flua de você para seus convidados. Deixe-os embriagados com sua alegria. Tenho certeza que a festa será um sucesso!