O casamento é uma instituição de suma importância no âmbito social, representando um pacto sagrado estabelecido por Deus. Segundo Gênesis, a criação da mulher como companheira do homem revela o propósito divino de parceria, companheirismo e suporte mútuo. O apóstolo Paulo, em sua carta aos Efésios, compara o casamento à relação entre Cristo e a igreja, enfatizando o amor sacrificial e o compromisso que devem guiar essa união. Como celebrante, Andre Henrique Torres Ribeiro tem o privilégio de presenciar o início de uma nova etapa na vida de duas pessoas que decidiram trilhar o caminho do amor e da cumplicidade, com a bênção de Deus.

O Amor que se Torna Aliança - por Rev. André Henrique

O casamento é um instante sagrado onde duas almas se encontram no altar da eternidade. É mais do que um evento, é uma promessa selada entre os corações que decidiram caminhar juntos, apesar das tempestades e das brisas suaves da vida.

No dia da cerimônia, os olhos brilham, as mãos se entrelaçam, e no fundo do peito pulsa uma verdade: "Amo-te não apenas pelo que és, mas pelo que sou quando estou contigo", como disse Elizabeth Barrett Browning. E, de fato, o casamento não é sobre encontrar alguém perfeito, mas sobre encontrar aquele com quem a imperfeição se torna suportável, aquele que transforma dias comuns em eternos instantes de poesia.

Quando os noivos se olham, há algo divino naqueles olhares. O amor ali não é apenas paixão efêmera, mas sim a construção de um laço que, como descreveu Pablo Neruda, "não sabe a razão pela qual acontece, mas sabe que em ti reside o seu destino".

As palavras ditas no altarsão como uma música no coração. Não são apenas votos; são tijolos na construção de uma história. O "sim" que se pronuncia ali ressoa por toda uma vida, como se dissesse: "De hoje em diante, sua dor será minha dor, sua alegria será minha alegria, sua caminhada será minha estrada".

E, depois dos aplausos, das flores lançadas ao ar e da dança do primeiro amor, começa a vida real. Mas mesmo nela há poesia. Como disse Carlos Drummond de Andrade, "O primeiro amor passou?" O segundo amor passou? O amor eterno passou? Agora as juras são outras. Mas o coração continua". O casamento é essa constância, esse refazer diário do amor, mesmo nos dias nublados.

E que assim seja. Que o amor seja fiel à sua essência, não feito de perfeição, mas de perdão; não de ausência de dificuldades, mas de superação; não de palavras vazias, mas de promessas que se cumprem, como um poema eterno sendo escrito a duas mãos.

Pois, no final, o verdadeiro casamento é isso: duas almas que, ao se unirem, descobrem que juntas são poesia, são eternidade e são lar.