Você tem Síndrome de Amélia?

A Amélia da música era lembrada com saudade pelo compositor, uma mulher que achava “bonito não ter o que comer”, não tinha a menor vaidade e nunca pedia nada ao amado, aceitava de bom grado trabalhar na casa sem reclamar. A tal Síndrome de Amélia que falam hoje em dia é de uma mulher moderna que trabalha fora e se desdobra em mil para cuidar de tudo excessivamente.

A Amélia do século XXI é obcecada por tudo: ser reconhecida no trabalho, como uma boa mãe e boa companheira. Sua paz está na certeza que fez o melhor e que todos saibam disso, afinal, ela se matou, “passou fome”, ficou acordada até altas horas, tudo para que o resultado fosse aceito pela sociedade em que está inserida.

A pergunta que os psicólogos fazem é: quando descansa essa Amélia? Quando é que ela vai cuidar do corpo, dos cabelos, da pele e vai se dedicar a ela sem esperar elogios de volta? Pode ser que você esteja enfrentando essa situação. Está correndo atrás da perfeição na elaboração da sua celebração ou está se desdobrando para que o futuro marido saiba que você pode lavar, passar e cozinhar.

A Amélia da música não tinha amor próprio e isso se refletia em suas ações. Ao querer parecer perfeita para o companheiro, ela praticamente abriu mão da sua personalidade. O resultado dessas ações a gente vê nas Amélias contemporâneas: stress, doenças psicológicas como depressão e a sensação de “quem sou eu?”. A cura está nas mãos de cada uma de nós, já que todas passamos por situações assim.

Tentou parecer perfeita demais para o chefe, aceitando de bom grado trabalhar até tarde sem reclamar? Freie essas ações quando perceber que não vai ser feliz, afinal, você não é uma máquina. Todo mundo tem seu limite. Reconheça o seu e trace uma linha do que pode permitir dos outros ou não.