Sente que o ciúme pode atrapalhar a casamento? 10 dicas de profissionais para controlá-lo!
Alguns casais acreditam que o ciúme até apimenta a relação, mas a verdade é que pode se tornar o estopim para desestruturar e abalar o relacionamento. E como controlá-lo? Veja orientações de psicólogas para viver uma relação sem o fantasma do ciúme!
Há quem diga que uma pitadinha de ciúme dá um tempero especial à relação do casal. Mas, como tudo em excesso é perigoso, errar a mão e carregar no ciúme pode desandar toda a receita de uma vida a dois feliz e saudável. Segundo especialistas, a origem do ciúme varia de pessoa para pessoa, mas costuma ter raízes em relações amorosas passadas e mesmo em lembranças da infância com relações familiares conturbadas, principalmente entre pais e filhos. O resultado dessas experiências é uma combinação bombástica que resulta em inseguranças, baixa autoestima e autoconfiança. E que pode criar impactos futuros nas vida amorosa. Homens e mulheres podem sentir ciúme, já que é um sentimento natural para o ser humano, mas há que se ter cuidado quando ele começa a atrapalhar a relação. Conversamos com as psicólogas Mariana Araújo e Miria Ribeiro, e temos 10 dicas de ouro para os casais.
Alerta ciúme: quando deixa de ser saudável
Segundo a psicóloga Mariana Araújo, o ciúme é um sentimento natural do ser humano mas, em exagero, é um sinal de alerta. “Ele está relacionado com o medo de perder a atenção de alguém ou até mesmo perder esse alguém para outra pessoa. Então, quando chega a níveis insustentáveis, causando brigas constantes e desgastes na vida do casal, virando uma patologia, é necessário recorrer a um psicólogo”, afirma ela, contando que o ciúme pode ser motivado por um fator real ou estar somente no imaginário. “A presença de um especialista também vai ajudar a pessoa a identificar se é algo fantasioso ou se pode realmente existir traição, indiferença e omissões da outra parte”.
Outro ponto que deve ser analisado é se o parceiro ou parceira sente ciúme apenas quando seu par interage com outras pessoas ou vai em compromissos sociais sozinho, ou se o ciúme também se estende a amigos e familiares, com quem o seu companheiro convive quase diariamente. Então, ao ser identificado o problema, é hora de partir para a ação. O diálogo e a franqueza são fundamentais para o casal manter o equilíbrio. “Falar sobre o que está sentindo é importante porque, às vezes, o outro não sabe que o parceiro se sente desconfortável com as atitudes dele”. explica Miria Ribeiro, psicóloga, palestrante e escritora.
Para ajudar os casais a lidarem com o ciúme, as especialistas listaram dez dicas importantes:
1. Compreender a origem do ciúme
As psicólogas sugerem uma reflexão para compreender de onde vem esse sentimento. “A desconfiança carrega uma grande tensão emocional em ambas as partes, mas se não houver o consenso de que o ciúme está em excesso, dificilmente a pessoa buscará ajuda profissional”, explica Mariana.
2. Exercício de confiança
Uma boa conversa é a oportunidade do casal abrir o jogo e falar das atitudes do parceiro que causam desconfiança.
3. Notar comportamento controlador
Controlar a liberdade do parceiro é impossível, além de extremamente desgastante para ambas as partes. “A vida do parceiro não gira em torno de você. Ele tem o trabalho e outras áreas da vida dele. E nada de ficar monitorando os passos do parceiro perguntando para pessoas da família ou do trabalho sobre ele ou ela, isso é muito constrangedor”, analisa Miria.
4. Trabalhar a autoestima
Autoestima e segurança andam de mãos dadas. Ao reforçar a autoestima, a pessoa que sofre por sentir muito ciúmes, começa a dar os primeiros passos para se desapegar desse sentimento. “Se a autoestima é forte, nada abala a confiança da pessoa. Ter uma relação é parte da vida, mas lembre-se de priorizar a primeira pessoa que merece toda a atenção do mundo: a si próprio”, diz Mariana. “Ame-se acima de qualquer coisa”, completa Miria.
5. Não viver do passado
Uma nova relação precisa ser uma folha em branco, onde será escrita uma história inédita, sem ranços, traumas, feridas e experiências negativas de relações passadas. Principalmente se nessas vivências anteriores aconteceram situações envolvendo traições. É tempo de se libertar do passado. Para frente é que se anda.
6. Não fazer comparações
O item anterior nos traz a este agora. Da mesma maneira que não se deve trazer fantasmas de relações passadas, não se pode comparar com os ex-parceiros da outra pessoa. Isso só vai aumentar a insegurança e a dúvida.
7. Viver o poder do agora
Miria Ribeiro aposta no poder dos bons momentos juntos. “Cultivar vivências positivas a dois é uma forma maravilhosa de minimizar a insegurança daquele que sofre por ciúme”.
8. Respeitar as diferentes personalidades
Mariana ressalta que cada pessoa é de um jeito, daí a graça da vida. “As pessoas são diferentes entre si, então elas vivem, pensam e agem de maneiras diversas. Quando não respeitamos isso, demonstramos a falta de confiança no parceiro. Não podemos moldá-lo ao nosso bel prazer”.
9. Prezar pela vida social
É comum que o envolvimento na relação seja tão grande a ponto das pessoas deixarem amigos e familiares um tanto de lado, e até deixar de fazer coisas que sempre amou fazer. “Manter uma vida social ativa é saudável e ter o próprio círculo de amizades ajuda a não ficar restrito ao grupo do parceiro, além de ser uma oportunidade para experimentar amizades que ajudarão a não ser tão dependente do parceiro para sair”, diz Miria.
10. Buscar ajuda profissional
A terapia vai ajudar na compreensão dos conflitos internos que influenciam nas formas de nos relacionarmos. A terapia de casal também pode ser uma indicação para uma vida a dois mais plena, feliz e saudável.
É importante entender que o ciúme não é uma prova de amor e, ao aparecer pensamentos nocivos ou suspeitas infundadas, é fundamental não permitir que atinjam a vida do casal e a confiança que conseguiram construir. Com essas dicas esperamos ajudar!