Quem leva a noiva ao altar? Novos tempos, novas regras!
Você já parou para pensar com quantas opções diferentes uma noiva se depara se ela não quiser (ou não puder) seguir o protocolo? Quem leva a noiva ao altar?
Tradicionalmente, o pai conduz noiva até o altar, isso todo mundo sabe! E é claro que é lindo ver a noiva entrar pelo braço do primeiro homem da sua vida… Mas, e atualmente?
Índice de conteúdo
- Afinal, Quem deve levar a noiva ao altar?
- Mas quem?
- O que representa o acompanhante?
- As regras
- 1. Os pais da noiva são divorciados e um (ou ambos) se casaram novamente
- 2. O pai da noiva é ausente ou falecido e a noiva não tem um padrasto (ou não é próxima dele)
- 3. Se a noiva não deseja excluir nenhum dos pais
- 4. A noiva prefere entrar sozinha
- 5. Os noivos desejam entrar juntos
- Variações
- 6. Casamentos Homoafetivos
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Afinal, Quem deve levar a noiva ao altar?
No entanto, o que acontece quando os pais da noiva são divorciados e ela tem uma relação mais próxima com seu padrasto? E se a noiva está afastada de seu pai por motivos pessoais? E se seu pai é falecido ou está impossibilitado de acompanhá-la? E se a noiva simplesmente sente que seria arcaico ser entregue de um homem para outro? De repente, essa imagem do momento perfeito “noiva de braços dados com o pai atravessando o corredor” começa a fazer menos sentido do que antes.
Mas quem?
Mães, avós, irmãos, melhores amigos, e até mesmo o Totó: todos são excelentes acompanhantes! Ao invés de manter a perspectiva tradicional de que a pessoa de mãos ou braços dados com você está prestes a “te entregar” para o noivo, você pode pensar nisso mais como alguém que está ali para te apoiar e te manter calma durante este importante momento de transição na sua vida. Esta simples mudança de pensamento abre novas possibilidades: escolher como acompanhante alguém que dê grande apoio.
O que representa o acompanhante?
Pense na sua entrada como o primeiro momento mais esperado deste dia especial e, mais do que isso, que ela conseguirá mostrar aos seus convidados como você vê seu relacionamento. Ela também irá representar o que eles devem esperar de sua celebração de casamento — se vai ser uma festa tradicional, um pouco tradicional ou nada tradicional!
“O que faço sempre como cerimonialista é dizer ao casal qual seria o protocolo, para dar um ‘norte’, e digo que a partir daí podemos fazer o que realmente tiver significado pra eles”, relata a cerimonialista Marina Maciel, que há anos vem moldando celebrações ao estilo de seus noivos. “Cada casamento e cada história são únicos e o importante é que a cerimônia faça sentido para o casal”.
As regras
Quando se trata de entradas, a primeira regra é não ter regras — desde que no final da caminhada o noivo e a noiva terminem de frente para o celebrante. Mas, em determinadas situações, você pode não ter a mesma flexibilidade que um casal que se casa em um salão de hotel ou em uma praia. Por exemplo, se você pretende fazer a cerimônia em uma igreja ou outro lugar de culto, o pastor, rabino ou padre podem exigir a procissão tradicional. Talvez você consiga adaptar um ou outro detalhe, mas não mudá-la completamente. Ou, se você escolher um pequeno jardim ou restaurante, o local da cerimônia irá oferecer uma certa configuração de corredor que lhe permitirá trabalhar em uma gama limitada de opções.
Veja a seguir algumas situações que podem surgir e alternativas possíveis para cada uma delas.
1. Os pais da noiva são divorciados e um (ou ambos) se casaram novamente
Neste caso, a noiva pode optar pelo tradicional e ter seu pai (ou padrasto, dependendo da proximidade) ao lado dela até o altar. Mas também existem estas 2 alternativas conciliatórias:
• A noiva pode pedir a seu padrasto que caminhe com ela até a metade do corredor, onde se encontra com o pai e continua a caminhada até o altar acompanhada por ele.
• Se o seu pai e padrasto tiverem uma relação amigável, a noiva pode pedir que ambos a conduzam pelo corredor, um em cada braço.
2. O pai da noiva é ausente ou falecido e a noiva não tem um padrasto (ou não é próxima dele)
A produtora de eventos Vanessa Paz constatou que a maioria das noivas que não tiveram a presença do pai na sua criação, costumam escolher a mãe como acompanhante ao altar.
“Já quando o pai da noiva é falecido, elas optam por fazer a sua entrada com outra figura paterna, como um avô ou tio favorito”, completa Vanessa. Ela também pode convidar um dos seus irmãos, ou talvez todos eles!
Se a noiva for mãe, por que não entrar acompanhada pelos filhos?
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3. Se a noiva não deseja excluir nenhum dos pais
O pai e a mãe entram com a noiva. Esta é uma configuração emprestada da tradição judaica onde tanto o noivo quanto a noiva entra acompanhado de ambos os pais. Além de ser uma ótima maneira de incorporar seus pais neste momento importante de suas vidas, também serve para dividir com o noivo um pouco dos holofotes em seu grande dia!
4. A noiva prefere entrar sozinha
Se a noiva não concorda com a ideia de ser “entregue”, ou apenas se sente mais confortável caminhando sozinha até o altar, ela deve fazer como se sentir melhor. Para não ofender seus pais, ela pode pedir a eles que acompanhem uns aos outros, ou, se divorciados e casados de novo, para acompanhar seus cônjuges até o altar. Pode se escolher um meio-termo, onde a noiva caminha acompanhada por quem escolher até metade do corredor, seus acompanhantes a abraçam e tomam seus assentos e ela segue sozinha o caminho para o altar.
Considere os sentimentos e expectativas de todos os pais, parentes ou filhos que podem estar esperando para conduzi-la. Alguns são muito sensíveis sobre isto, tendo esperado a vida toda pelo momento de acompanhar seu filho ou filha para se casar com o amor de sua vida, enquanto outros não se preocupam tanto e só querem que você seja feliz. Então, ao invés de deduzir, pergunte!
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5. Os noivos desejam entrar juntos
Este tipo de entrada proporciona uma oportunidade para examinar e subverter as normas de gênero, uma abordagem que pode ser libertadora para casais que acham os papéis tradicionais limitantes ou não condizentes com seu relacionamento. Entrar com o noivo simboliza entrar na vida a dois como parceiros e iguais e, realmente, dá o tom para o resto da cerimônia. É por isso que esta configuração de entrada é muito usada em casamentos entre pessoas do mesmo sexo, mas muitos casais héteros também modificam seus protocolos de entrada para fazer uma declaração de ruptura com o modelo vigente.
Variações
Existem casais que optam por entrar lado a lado compartilhado uma escolta entre eles, como seus filhos ou o amigo especial que os apresentou.
Outra solução moderna apresenta a noiva chegando em uma extremidade do corredor (sozinha ou acompanhada pelo pai, ou outra pessoa querida) enquanto o noivo sai do altar e vai ao seu encontro para acompanhá-la à presença do celebrante. Uma variação desta entrada é quando a noiva e seu acompanhante encontram o noivo no meio do corredor, a troca é feita e os noivos seguem juntos para o altar.
6. Casamentos Homoafetivos
Aqui, as possibilidades são infinitas. Pode-se variar na ordem de entradas, na escolha (ou não) de acompanhantes e até mesmo na configuração dos caminhos até o altar. As inovações que os casamentos homoafetivos trazem às cerimônias são tão incríveis, que alguns costumes vêm sendo incorporados por noivos héteros mundo afora. Veja algumas alternativas e ideias:
• Ambos podem entrar ao mesmo tempo, em fila, pelo caminho central. Cada um de braços dados com seus pais ou acompanhantes.
• O casal pode seguir o protocolo de uma cerimônia tradicional, decidindo antes quem vai esperar no altar e quem entrará por último. Os noivos ou noivas podem optar por fazer a entrada acompanhados pelos pais, ou sozinhos. No caso de duas entradas, os convidados se levantam para ambas. Marina Maciel nos contou que organizou a cerimônia do Leo e Thiago, que escolheram ter cada um a sua própria entrada acompanhados pelos pais.
• Montar uma configuração de assentos totalmente diferente, onde dois caminhos ao altar se formam nas laterais das fileiras de cadeiras. Dessa forma existem, no mínimo, três entradas possíveis:
1. Ao mesmo tempo, em dois corredores separados. No final da caminhada, o casal se encontra em frente ao altar. Nesse ponto, se houver acompanhantes, eles se cumprimentam, se sentam e o casal está pronto para começar.
2. Em momentos separados, em dois corredores — de modo que cada parceiro tenha o seu próprio momento especial ao entrar. Dessa vez, um dos noivos entra primeiro, atravessa todo o corredor lateral e para no canto frontal. Lá espera até que o seu(a) parceiro(a) atravesse o seu próprio corredor e, assim que o oficiante der o sinal, os dois saem dos cantos e se encontram na frente do altar.
3. Pelos lados, já no corredor frontal. Dependendo da configuração física do espaço da cerimônia, o casal pode entrar pelos lados, ao mesmo tempo, mas vindo de lados opostos (sozinhos ou trazendo seu cortejo consigo). Os acompanhantes (se for o caso) tomam os seus lugares enquanto o casal reúne-se em frente ao oficiante.
Estar diante de tantas opções e abordagens pode causar muita ansiedade, mas seu oficiante e sua cerimonialista provavelmente terão algumas sugestões e ideias para te ajudar a fazer a escolha que combina exatamente com o seu jeito. Não tenha medo de ser criativo com o que funciona para você! Leia também: Saiba o que um cerimonialista faz antes, durante e depois do casamento e relaxe do começo ao fim da festa!