Fotografias do dia C com filhos do casal: tenham um álbum de família impecável
A cobertura fotográfica é um registro para toda a vida, e os filhos do casal também devem ser parte desse momento precioso. Vejam belas formas e dicas para incluir crianças e adolescentes no álbum, em fotografias antes, durante e após o evento.
Não são poucos os casais que escolhem trocar as alianças depois de já terem filhos, sejam eles frutos do próprio relacionamento ou de alguma relação anterior. E que, com isso, têm a chance de contar com a participação da prole no processo até o altar, incluindo as fotos a serem registradas para o álbum de casamento. Imagens mostrando a cumplicidade entre pais, mães e filhos ajudam a apresentar a história familiar e são tão apaixonantes quanto se testemunhar os olhares dos pombinhos que contam com tal apoio. São mais uma boa razão para o par se animar com tudo que as fotos de casamento feitas por um profissional têm a oferecer.
Para ajudar a entender todas as possibilidades em família, convidamos a fotógrafa Luciana Teixeira, sócia-proprietária do Estúdio Luciana Teixeira e Hérlon Oliveira - Fotografia e Filme a nos relatar como essas relações podem gerar registros incríveis que tornam toda a experiência ainda mais especial.
Além dos protocolos
Segundo ela, a sugestão de incluir mais os filhos no álbum de casamento parte geralmente dos próprios fotógrafos, ávidos por capturar momentos mais espontâneos e autênticos. “O mais mágico é justamente a interação que ocorre no making of, enquanto eles se arrumam em conjunto para a celebração. Ali a gente percebe a felicidade de todos os envolvidos. Essa proximidade construída é o mais interessante e o que gera as imagens mais belas”, justifica. Os pequenos – e também os nem tanto – costumam ser mais lembrados para as situações que fazem parte do protocolo da cerimônia, como a entrada das alianças, e embora seja este momento seja icônico, não oferece tanta descontração e criatividade para as fotos de casamento no que diz respeito a contar a história de amor que envolve maternidade e paternidade.
Ela lembra com ternura de um ensaio em que pôde registrar o pai com os três filhos de diferentes faixas etárias se ajudando. “Foi um casamento em 2016, em que cada um dos meninos estava numa fase diferente, com as idades fazendo escadinha. O noivo estava ali se casando depois de 10 ou 15 anos de relacionamento e os garotos estavam participando disso. Teve uma foto em especial que me marcou porque um estava ajeitando o outro e um deles levava a camisa. É como se cada um dos filhos estivesse ali representando a evolução do próprio pai, até culminar naquele momento da vida”, conclui a profissional.
Maior espontaneidade
Ainda que no primeiro momento possa haver um constrangimento das crianças em serem fotografadas para o álbum de casamento, um pouco de conversa e algumas brincadeiras fazem com que elas fiquem à vontade. “Até os 13 anos, a coisa flui mais fácil. Os adolescentes costumam ser mais complicados”, ri-se ela, que chama a atenção para o fato de as meninas serem as mais desenvoltas e animadas.
“Uma vez que a gente cativa os filhos dos noivos e consegue estabelecer um diálogo com eles, embarcam tranquilamente na ideia. Por eu ser mulher, com as garotas existe todo o fascínio sobre discutir sobre as roupas e a maquiagem, ainda mais em um dia em que elas estão se vendo no espelho mais belas e produzidas do que nunca”.
Aproximação com a dança
A empolgação cresce ainda mais quando o assunto é pista de dança. Ali, os filhos se comunicam e agem de forma diferenciada com os pais, de maneira que não seria possível presenciar em nenhum outro momento da festa. “É uma interação diferente. Mesmo o adolescente que acha tudo um mico gosta de dançar. Na pista, um ensina passo para o outro, dança junto. É algo muito legal de se ver e registrar. Os menores geralmente são postos no centro da roda e dão um show”, conta Luciana.
Poses despojadas
Mesmo as fotos de casamento tradicionais que envolvem poses tendem a ser mais interessantes quando se incorpora a elas a proposta mais informal. A fotógrafa exemplifica: “Nessa lógica posada, meninos e meninas ficam mais animados quando a gente propõe fazer uma ‘pose da quebrada’. É algo em que eles costumam trocar olhares e rir entre si da brincadeira enquanto fazem. Tentar uma expressão de modelo enquanto mostram os sapatos também rendem um efeito legal, assim como dispor as pessoas em V e pedir que caminhem até mim. É algo típico do meu trabalho trabalhar essa espontaneidade, fazer o protocolar mais despojado”.
Registros de fim de festa
A experiência de Luciana garante que as fotos de fim de festa podem ser muito divertidas e ajudar a transmitir para a posteridade o quanto os membros da família aproveitaram cada minuto. Por isso, colocar todos lado a lado cansados naquele sofá do lounge ajuda a construir o álbum de casamento dos sonhos. “Mostrar todo mundo exausto, oferecendo colo e carinho um para o outro é algo bem bacana. Costuma ser o momento em que também mostramos a mãe e o pai cuidando do filho ainda bebê, que é sempre gera uma imagem bonita. É uma situação genuína de intimidade com que todos se sentem identificados”, conclui.
Nada melhor do que ver nas fotos de casamento o melhor reflexo de tudo que o evento significou para os noivos e por isso é tão significativa a ideia de incluir mais os filhos na construção delas. Ao final, toda a celebração será um marco também na infância e adolescência da prole que terá ali, no álbum de casamento do casal também o seu registro.