As princesas de Ubud um casamento em Bali
A noiva é indiscutivelmente a protagonista em um casamento, mas em Ubud esse papel foi compartilhado entre duas princesas igualmente lindas. Esse foi o casamento das princesas de Ubud.
Em Ubud, uma das cidades mais pitorescas e importantes da ilha de Bali, foi celebrado um casamento único e muito especial, um casamento real duplo. Por um lado, Ichiro Sukawati, filho de Tjokorda Putera Sukawati, que tinha sido o rei de Ubud, se casou com Cokorda Istri Julyana Dewi, do Palácio PuriAnyar. E por outro, o primo de Ichiro Sukawati, Dharma Putra Sukawati, se casou com Gusti Ayu Mahadewi, ambos de família nobre balinesa.
Os moradores foram encarregados de decorar tudo e fazer oferendas aos deuses. Uma responsabilidade bastante grande para a população, que além de preparar o lugar do casamento, tinha que pensar em uma celebração conjunta.
Pela manhã se comemorou o Mekalan-kalan, cerimônia principal na tradição balinesa que marca a transição para a vida conjugal e o compromisso de construir uma família. Esse é o momento no qual todo o mundo pode ver por primeira vez os casais e em especial as duas protagonistas, as princesas Istri Julyana Dewi e Gusti Ayu Mahadewi, batizadas como as princesas de Ubud.
No chão do pavilhão principal do Palácio junto aos dois supremos sacerdotes e com os familiares, começou a cerimônia na qual as mulheres levavam oferendas aos deuses que os sacerdotes benziam, e os príncipes rezavam por sua nova vida de casados enquanto os sacerdotes convocavam os deuses para benzer os casais.
A cerimônia continuou com os príncipes interpretando o papel de homens do campo, levando cestas de comida com a ajuda de uma canha de bambú, enquanto as princesas eram “comerciantes” e deveriam vender o que os seus maridos tinham colhido como símbolo e compromisso de que serão independentes econômicamente e capazes de manter a família.
Ao terminar, os noivos se foram e os presentes prepararam o palácio para a cerimônia da tarde. Os convidados, ao chegar e depois de assinar o livro de convidados recolhiam a lembrança que a família presenteou a todos (uma pequena estátua do Palácio de Ubud) e entraram atravesando um grande corredor de recepcionistas vestidas para a ocasião e ao som de músicas tradicionais.
As 20h apareceram os casais. A cerimônia continou com o widi-widana, onde os sacerdotes envocam aos deuses e espíritos ancestrais para benzer os noivos. Ao terminar, os convidados se aproximam à cumprimentar os recém-casados antes de irem para o buffet livre, que foi a entrada para uma noite cheia de conversas, danças e muita música.
*Artigo cedido por: bodas.net