100 anos de anel de noivado
Irresistíveis, eles continuam causando palpitações no coração de qualquer mulher apaixonada. Existem coisas que não passam de moda e é o caso dos anéis de noivado. Confira a evolução desse anel tão especial durante as épocas.
O anel de noivado ou de compromisso começou a ser usado em 860 d.c., por meio de um decreto imposto pelo Papa Nicolau I. Era uma forma de tornar público o compromisso dos casais que tinham a intenção de se casarem. Usados na forma de aliança na mão direita até o dia da cerimônia quando eram oficialmente passados para a mão esquerda, permanecendo o mesmo costume até hoje.
Foi no ano de 1477 que o anel passou a ser ornamentado com pedras de brilhantes. Neste ano o Arquiduque Maximiliano I de Habsburgo, da Áustria, ofereceu a Mary, Duquesa de Burgundy, um anel coberto de diamantes como forma de selar o compromisso do casamento. Daí nasceu a tradição das alianças ou anéis de noivado serem adornados com brilhantes.
Por volta de 1900, aparecem os primeiros anéis clássicos, estilizados com uma peça única de diamante, também chamado de solitário, ícone da Tiffany, convertendo-o num marco aos pedidos de casamento.
A partir de 1920 a art déco se estabelece como um movimento internacional de design, atingindo até os anéis de noivados. Surgindo joias simétricas, influenciadas pela tendência do cubismo, abstracionismo e a arquitetura Bauhaus.
Pode-se notar a introdução de motivos florais em 1930, caracterizados por Cartier. A década foi marcada pela qualidade das gemas que evoluíram e surgem gemas nitidamente bem facetadas e criadas de acordo com a moda.
Peças em ouro amarelo e ouro rosé eram comuns na criação dos anéis de noivado nos anos 1940. A partir de 1945 a famosa joalheria The Beers lançou a campanha “diamonds are forever” consolidando o diamante como o modelo clássico aos anéis de noivado.
Anéis com pedras incrustadas nas laterais começam a surgir em 1950. Novamente o ouro branco e a platina retornam como os metais preferidos na criação de anéis de noivado desta década. O corte preferido para os diamantes é o redondo
Em 1960 surgem pedras centrais com cortes diferenciados até então pouco vistos durante toda esta década. Cortes em “degraus” estilo coração, gota e o corte esmeralda em que o canto é mais chanfrado.
Os anos 70 trazem anéis com novos formatos e mais pedras são colocadas para acompanhar os diamantes. Nos anos 70 também surgiu o corte para os diamantes chamado de Barion, de difícil execução.
Pedras coloridas começam a ser vistas com mais frequência nos anéis de noivado a partir de 1980, safiras, rubis e esmeralda, tornam-se especiais para os anéis.
Nos anos 90 encontramos modelos baguetes com mais frequência. São pedras com cortes retangulares, em que os cantos são mais reluzentes.
Nos anos 2000 o corte princess para diamantes quadrados, ganham força total, permanecendo até os dias atuais. Por suas facetas com enorme capacidade de dispersão da luz, trazem lapidações exclusivas e patenteadas por sofisticadas joalherias.
A partir de 2010 até o momento, também podemos notar o retorno de modelos de anéis do passado com diamantes centrais em conjunto com pedras menores, caracterizando o movimento vintage. Entretanto, modelos de diamantes com corte halo são a nova tendência em anéis, muito sofisticados e para uma minoria privilegiada.
Como podemos perceber os anéis, embora se modifiquem para acompanhar a tendência da moda, são peças eternas.